Meu mundo encantado é à noite, sob um céu Marinho, onde a brisa morna sopra e meus devaneios acontecem.
Observo intensamente os pontos direcionais de minha felicidade:
O “companheiro gigante” que passa de menino a homem, descobrindo de forma precoce e madura os desígnios do amor e da vida.
O “espicho inteligente”, que qualquer dia me alcança, devorando letras, lendas e se envolvendo na imensidão das palavras.
E, finalmente, o “meigo pintinho”, que com sua candura e educação encanta dos pequenos aos idosos, num carisma único.
Vejo neles muito de mim, pois desabrocham com olhos brilhantes, sem medo e curiosos de tudo. Mas vejo também uma postura de quem já foi e voltou experimentando limites, que chorou pela distância e que foi feliz, levados pelo sabor da pouca idade.
Não estou apreensiva, no entanto, pois estão sendo preparados para esta vida maluca, onde muitos sobrepõem seus passos sobre os sonhos alheios. Sinto segurança no caminhar dos três, vejo a cabeça erguida e o respeito primordial.
E ali, do ladinho, como uma escora sorridente e não menos importante, a quarta razão do meu sorriso. Meu amigo, meu parceiro no crime, minha raiz e ao mesmo tempo minha folha. Os olhos “negros e bandidos” fechados e a mão repousada suavemente sobre meu quadril.
Todos os quatro adormecidos. Homens de minha vida. Razão do meu viver.
Observo e velo seu sono e descubro surpresa, que felicidade é um ressonar tranquilo, um silêncio envolvente. E, que apesar do dia estar amanhecendo, a sensação vai perdurar por horas, aquecendo meu coração e me fazendo, a cada dia, mais plena e mais completa.
Amo vocês: Hotaner, Pedro, Felipe e Orlando!
